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O TEMÍVEL EXAME DE ADMISSÃO

Você sabia que…
antigamente, antes que se pudesse ingressar nas salas de aula do recém-criado Ginásio Alberto Torres, havia uma barreira desafiadora a ser superada? O temido Exame de Admissão.
Realizado pela primeira vez no GAT em fevereiro de 1948, o exame era rigoroso e meticulosamente elaborado pelos professores da Escola de Agronomia da Bahia (EAB), muitos dos quais compunham o corpo docente do ginásio. O processo seletivo testava os conhecimentos dos candidatos em várias disciplinas, e a sua aprovação era motivo de grande celebração tanto para os alunos quanto para suas famílias.

Relata-nos o engenheiro agrônomo Geraldo Almeida Souza, que estudou no Alberto Torres no início da década de 60: “A imagem ainda está viva na minha memória. No dia do resultado, centenas de alunos se concentravam em frente ao prédio principal do CEAT, aí Dr. Ivan chegava na sacada e ia chamando os aprovados. A quem ficava para trás, ele dizia: – quem não foi chamado, vá ver se eu estou em Antão! Era muito triste!”

Já o Benedito Carvalho, outro egresso do Alberto Torres, lembra de ter prestado o exame aos 13 anos, em janeiro de 1957 e foi aprovado com média 7,7 nas provas escrita e oral. Os examinadores eram os professores Candinho, Ivan, Noé e a professora Mariá.

Alguns outros lembram que fizeram o curso preparatório para o Exame de Admissão com professores particulares, como a professora Lucy Santana, a professora Mariinha e um professor conhecido como Maxixe, de matemática (alguém sabe qual era o nome de batismo deste professor?).

Naquela época, ser admitido no Colégio Alberto Torres significava mais do que apenas garantir uma vaga numa escola. Era um passo decisivo rumo a uma formação de excelência, algo que poucos tinham a oportunidade de conquistar. A obrigatoriedade legal da aplicação dos Exames de Admissão ao Ginásio ocorreu de 1931 a 1971.

Este livro era o famoso “quatro em um”, pois abarcava as principais 4 matérias: português, matemática, geografia e história, e ainda havia sete gravuras para o estudo de dissertação.

Edisandro Barbosa Bingre

Edisandro Barbosa Bingre é professor, escritor, cerimonialista e pesquisador memorialista de Cruz das Almas. Ele é membro da Academia Cruzalmense de Letras e destaca-se por seu trabalho com o "Almanaque Cruzalmense", onde documenta e preserva a história e a memória cultural da cidade. Bingre é reconhecido por suas contribuições literárias e históricas, trazendo à tona fatos importantes e curiosidades sobre a região, além de ser uma figura ativa na comunidade intelectual de Cruz das Almas​. No ano de 2020 recebeu o Título de Cidadão Cruzalmense outorgado pela Câmara de Vereadores de Cruz das Almas.

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