ALMANAQUE CRUZALMENSEARQUITETURACRUZ DAS ALMASCULTURACURIOSIDADESDESTAQUEHISTÓRIALUGARESMEMÓRIA

A CONSTRUÇÃO DE CASAS COMUNS NO SÉCULO XIX NO BRASIL

Você sabia que existia no Brasil um padrão oficial para a construção de casas comuns no século XIX? Repare que as casas antigas têm plantas bem parecidas.

As casas eram divididas em 3 tipos. A casa mais simples que poderemos encontrar é a chamada casa de porta e janela, composta apenas de sala, quarto, varanda e cozinha. Para nossos padrões atuais, poderemos estranhar que a circulação para os compartimentos dos fundos se dê pelo quarto. Considere que no século XIX nenhuma pessoa não pertencente ao convívio familiar era admitida para além da sala.
O segundo tipo era Meia-morada com sala, quarto, corredor, varanda, depósito e cozinha e o terceiro tipo era Morada com duas salas, dois quartos, corredor, varanda, dois depósitos e cozinha. Havia outros tipos de casas como sítios, fazendas, palácios, castelos e outros, mas esses não eram o padrão comum.
A varanda é conhecida atualmente como sala de jantar, mas na época era o local que dava acesso ao quintal, por isso era chamada de varanda. Sobre os banheiros, poucas casas tinham banheiros internos, as pessoas costumavam esvaziar seus penicos e baldes nas ruas direto de suas janelas e sacadas, existiam também banheiros comunitários e muitos banheiros no século XIX ficavam no quintal e não nas casas.
A casa urbana no Brasil do século XIX seguia um único padrão, determinado por questões parcelárias, tectônicas e ambientais. O lote urbano era sempre estreito e profundo, variando a largura de 5 a 8 metros e as casas seguiam o padrão colonial português.

Edisandro Barbosa Bingre

Edisandro Barbosa Bingre é professor, escritor, cerimonialista e pesquisador memorialista de Cruz das Almas. Ele é membro da Academia Cruzalmense de Letras e destaca-se por seu trabalho com o "Almanaque Cruzalmense", onde documenta e preserva a história e a memória cultural da cidade. Bingre é reconhecido por suas contribuições literárias e históricas, trazendo à tona fatos importantes e curiosidades sobre a região, além de ser uma figura ativa na comunidade intelectual de Cruz das Almas​. No ano de 2020 recebeu o Título de Cidadão Cruzalmense outorgado pela Câmara de Vereadores de Cruz das Almas.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo