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CRUZ DAS ALMAS DOUTROS TEMPOS…

É verdade que o Brasil é um País de muitas misturas religiosas; no entanto, de acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recentemente, 87% da população se auto intitula cristã. Desses, 64,4% são católicos apostólicos romanos. Por essa razão, a celebração da Semana Santa é tão importante e respeitada no País.

Em Cruz das Almas não é diferente. E a Semana Santa que antecede a Páscoa, que é a festa da ressurreição de Cristo, sempre foi marcada por extensa programação nas paróquias e cuidados que eram tomados em casa. Por exemplo:

Antigamente, os ritos da Semana Santa eram mais rigorosos entre as famílias. Em algumas casas, a Sexta-feira Santa era marcada pelo período em que não se podia comer carne vermelha e o melhor peixe era reservado ao almoço da Sexta-feira Santa. Algumas famílias não deixavam as crianças brincarem, nem correrem pela casa, sem algazarras, falava-se baixo e até mesmo o passar uma vassoura na casa, era missão que ficava para depois, no sábado. Xingar? Falar palavrão? Nem em pensamento.

Algumas famílias ainda iam além. Durante o período da quaresma, um sentimento de luto pairava no ar, o temor a Deus era quase tangente. A gente não podia ir a bailes, nem fazer festa, nem sequer ouvir rádio. Algumas mães, bem mais religiosas, até mesmo quando uma das crianças aprontava e merecia levar umas cintadas, reservam-se para somente no Sábado de Aleluia.

Havia sempre alguma comovente encenação teatral da Via Crucis. Já, com a chegada da modernidade, certo era ir ao Cine Glória assistir “O Rei dos Reis”, filme com Jeffrey Hunter, que retratava a história da Vida e Paixão de Cristo.
Outros tempos…

(IMAGEM OBTIDA NA INTERNET, MERAMENTE ILUSTRATIVA)

Edisandro Barbosa Bingre

Edisandro Barbosa Bingre é professor, escritor, cerimonialista e pesquisador memorialista de Cruz das Almas. Ele é membro da Academia Cruzalmense de Letras e destaca-se por seu trabalho com o "Almanaque Cruzalmense", onde documenta e preserva a história e a memória cultural da cidade. Bingre é reconhecido por suas contribuições literárias e históricas, trazendo à tona fatos importantes e curiosidades sobre a região, além de ser uma figura ativa na comunidade intelectual de Cruz das Almas​. No ano de 2020 recebeu o Título de Cidadão Cruzalmense outorgado pela Câmara de Vereadores de Cruz das Almas.

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