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RAIOS E TROVÕES

Recentemente, li uma notícia no jornal Correio da Bahia que conta-nos o caso de um adolescente, de 16 anos, que sobreviveu à queda de um raio, no município de Crateús, próximo a Fortaleza. Ele estava dentro de casa, colocando garrafas de água dentro da geladeira quando o incidente aconteceu.

Foi aí que lembrei-me de quando eu era criança, sempre que chovia e ameaçava ter raios e trovões, minha mãe providenciava fechar portas e janelas, cobrir os espelhos, desligar os aparelhos elétricos das tomadas, mandava que colocássemos os chinelos nos pés e ficássemos quietos esperando o tempo melhorar.

Lembrei-me também de já ter encontrado o registro de um raio que caiu no armazém de fumo de Dr. Lauro Passos, no ano de 1953, com prejuízos materiais, mas sem vítimas. Segundo lembrou Santos Reis, o Reizinho, que ouviu comentários de que o fatídico raio caído no armazém de Dr Lauro teria sido num dia 19 de março, dia de São José. Inclusive, depois desse fato, os operários de armazém de fumo, em respeito, não trabalhavam neste dia. Virou um “dia de guarda”.

Encontramos também o registro jornalístico de um outro caso marcante, que foi a morte do filho de Temístocles da Rocha Passos, chamado Alarico, que a caminho do engenho para a vila, foi atingido por um raio. Isto foi em 1898, ano seguinte à emancipação política de Cruz das Almas.

Sem falar da história que ouvi de colegas no CEAT, na década de 80, de que um raio havia caído na fazenda de Primo Silveira, deslocando uma jaqueira da fazenda vizinha para o seu lado da cerca. Tem gente que jura que é verdade!

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