CRUZ DAS ALMASLUGARES
A VIDA NA ANTIGA ESTAÇÃO DE TREM
MEMÓRIAS DA ESTAÇÃO DE POMBAL
“Pode-se perceber que a Estação Ferroviária de Cruz das Almas não foi lugar só de embarques e desembarques; foi palco de socialização, lazer, alegrias e tristezas. Esse patrimônio na sua história proporcionava na vida cotidiana dos cruzalmenses uma nova dinâmica na vida de seus cidadãos. De acordo com depoimentos de Dona Maria de Lurdes, a Estação Ferroviária empregou muitas pessoas: tinha o chefe de estação, empregados que cuidavam da limpeza e manutenção, troca de dormentes, venda de ingressos, chefia e funcionários de modo geral. Além dos vendedores ambulantes que viviam do seu comércio na Estação, ativando uma economia sociocultural para cidade, território de encontros.
A Estação Ferroviária era, e é, lugar de memória: além do trem, existiam formas de trabalhos que marcaram a vida de muitas pessoas que por ali passaram, principalmente para os vendedores ambulantes que viviam desse trabalho. Dona Maria de Lurdes conta que vizinho da Estação existia um arraialzinho, além da casa do chefe de Estação. Na plataforma da Estação, segundo ela, tinha várias pessoas vendendo laranja descascada e roletes de cana. Ela lembra também que, quando o vendedor era devagar, o passageiro comia e caia fora, sem pagar. Pode-se perceber a economia popular se adequando às possibilidades de trabalho, gerando um cotidiano naquele meio social. A Estação Ferroviária era agência de urbanidade por excelência. Catarino Pereira dos Santos, foi ferroviário e vizinho da Estação de Cruz das Almas e conta que ali próximo da Estação tinha a casa dele, um açougue e a casa do chefe de estação, e em frente a Estação tinha a venda de seu “Zebois” como era conhecido. Passando no fundo da sua residência, o Rio Capivari fazendo divisa com aproximadamente sete casas que ficavam do outro lado do rio. A vida na Estação Ferroviária ainda está na memória dos viajantes, dos moradores e dos funcionários em geral.”
A Estação Ferroviária era, e é, lugar de memória: além do trem, existiam formas de trabalhos que marcaram a vida de muitas pessoas que por ali passaram, principalmente para os vendedores ambulantes que viviam desse trabalho. Dona Maria de Lurdes conta que vizinho da Estação existia um arraialzinho, além da casa do chefe de Estação. Na plataforma da Estação, segundo ela, tinha várias pessoas vendendo laranja descascada e roletes de cana. Ela lembra também que, quando o vendedor era devagar, o passageiro comia e caia fora, sem pagar. Pode-se perceber a economia popular se adequando às possibilidades de trabalho, gerando um cotidiano naquele meio social. A Estação Ferroviária era agência de urbanidade por excelência. Catarino Pereira dos Santos, foi ferroviário e vizinho da Estação de Cruz das Almas e conta que ali próximo da Estação tinha a casa dele, um açougue e a casa do chefe de estação, e em frente a Estação tinha a venda de seu “Zebois” como era conhecido. Passando no fundo da sua residência, o Rio Capivari fazendo divisa com aproximadamente sete casas que ficavam do outro lado do rio. A vida na Estação Ferroviária ainda está na memória dos viajantes, dos moradores e dos funcionários em geral.”
(Trecho, revisto e corrigido, do trabalho acadêmico de JSPUI publicado no Portal da FAMAM)