Antes da chegada dos colonizadores neste lugar, que mais tarde viria chamar-se Cruz das Almas, já habitavam aqui os povos indígenas Cariris e Sabujás, descendentes das Nações Tupi.
Ainda que não existam registros, documentos que comprovem a tese, já foram encontrados vestígios de objetos feitos à mão e antigas urnas funerárias enterradas na Comunidade Quilombola Baixa da Linha e adjacências, o que mostra a provável existência dos indígenas nessa região.
O processo de urbanização da região começou com o estabelecimento de colonizadores, jesuítas e fazendeiros.
Infelizmente, vale ressaltar que esse processo não se deu assim tão naturalmente; essa dominação forçosamente levou nossos povos
originários a migrarem para os sertões, ao silenciamento da aculturação imposta pela Igreja e, consequentemente, ao apagamento da nossa própria memória, pela elite colonizadora que reescreveu-nos uma “outra” História.
Porém, o Almanaque Cruzalmense entende que vale a pena lembrar sempre daqueles que foram realmente os primeiros habitantes e os legítimos donos dessas terras.
Ensinar a verdadeira História aos nossos jovens e crianças já seria um bom passo para a reparação.
Por fim, um viva às Nações Tupi, aos Sabujás e aos Cariris!
*já o seu desenvolvimento, talvez se deva ao fato de, antigamente, passar por aqui uma rota dos tropeiros que tinham parada ali na localidade de Embira e seguiam para São Félix e Cachoeira, a fim de despachar suas mercadorias através do porto.
