ATOS DE TERROR E VANDALISMO EM CRUZ DAS ALMAS
Conta-nos o memorialista Mário Pinto da Cunha sobre uma Sessão Especial do Conselho Municipal da Villa de Cruz das Almas no dia 19 de abril de 1907. Diz-nos ele: “Esta acta, é desnecessário dizer, foi unanimemente approvada, mas foi também o prenuncio da crise de terror que avassalou a Cruz das Almas, durante algum tempo.
Aqueles que a approvaram nunca tiveram em mente que a sua resolução provocaria espancamentos, assassinatos, despatriamentos, depredações, arrombamentos, saques e outras arbitrariedades assistidas pela população deste munícipio”.
O memorialista conta-nos ainda que “sobre a administração do Sr. Themístocles da Rocha Passos nada se poude obter do archivo municipal, em vista de se ter o mesmo desbaratado por occasião das célebres occorrências provocadas pelas patrióticas scisões políticas e mudanças de governo entre 1908 e 1909, quando as depredações e os arrombamentos predominaram neste, como em todos os municípios do Estado da Bahia”.
Este evento, ao que parece, foi um dos mais conturbados períodos da história política de nossa cidade.
Inclusive, consta nos ANNAES DA CAMARA, Sessão de 4 de junho de 1908, o seguinte registro sobre a eleição para governador do Estado da Bahia em 1908 e os atos de violência e vandalismo ocorridos em Cruz das Almas, segundo denúncia proferida no plenário da Câmara Federal pelo Deputado Pedreira Franco.