CRUZ DAS ALMASMEMÓRIA

ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

Estação Cruz2

A Estação de Pombal foi aberta pela E. F. Central da Bahia na sua linha principal, em 1881. Mais tarde o nome foi alterado para Cruz das Almas. Desta estação, que ficava a 6 km do centro do município, deveria sair uma variante que uniria a linha à estação de Santa Teresinha, na mesma linha, atravessando o rio Paraguassu mais para o sul, eliminando o gargalo da ponte entre Cachoeira e São Félix. Esse era o projeto dos anos 1960, que nunca foi construído. Ferroviários da região dizem que a estação recebeu muito cimento vindo de Minas Gerais por via ferroviária nos anos 1970. Ela fica próxima da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, que é situada na entrada rodoviária antiga da cidade. A partir de 1970, a lista de estações no Guia Levi já não mostra a estação de Cruz das Almas, mas sim uma estação chamada de Eng. E. Macedo, comumente chamada de Eurico Macedo, que é a mesma – a falta de documentação não permite a confirmação, mas o prédio tem arquitetura dos anos 1930 e o fato de ter sido construída uma nova estação mais próxima à cidade também com o nome da cidade (na linha de Santo Antonio de Jesus, aberta no final dos anos 1950 e erradicada em 1964) levam à quase certeza que a estação mais afastada tenha trocado o nome. “Dá medo visitar a estação Eurico Macedo, é um lugar isolado, não existe absolutamente ninguém; para andar na linha, só quando se acha alguém do lugar que sabe exatamente onde ela fica. Passei em lugares em que mal cabe o trem, não tem vias marginais, só mato e trilho, e se o trem passar no momento exato, aí complica” (Roosevelt Reis)

Conta-nos Geraldo Almeida Souza… “a Estação de Pombal, também conhecida como estação velha. Está viva na minha memória o deslumbramento de criança ao ouvir o apito da maria fumaça e o seu despontar bufando os vapores da caldeira. Tinha uma pequena vila ao seu redor com casas de funcionários da ferrovia. No pátio os vendedores de amendoim, laranja, cocadas e outros alimentos comercializados com os passageiros. Essa lembrança é da década de cinquenta o que prova que o nosso cérebro é um fantástico computador.”

(FONTES: Lorena Silva Santos; Roosevelt Reis; Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr.: Estradas de Ferro do Brazil, 1886; A Leste Brasileiro e o Desenvolvimento Econômico da Bahia, 1960; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. XX, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro, 1960; Mapa – acervo R. M. Giesbrecht, via http://www.estacoesferroviarias.com.br/ba_monte%20azul/cruzalmas.htm )

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Um Comentário

  1. Parabéns pelo Almanaque,há muito tem que procuro por noiticias antiga da cidade e não achava,descobri hoje e fiquei feliz por isto, muita coisas há ainda de ser contada, dos seus antigos comerciantes do centro, os das pontas bairros, o personagens ricos da cidade, os personagens pobres da cidade, a história do antigo estádio, como foi construido, os times,os campeonatos, as fazendas,os antigos costumes, os casos e curiosidades, etc.

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