CIDADE DAS BICICLETAS
“A CIDADE DAS BICICLETAS”, assim Cruz das Almas ficou conhecida por um longo e bom tempo.
Mas eram muitas bicicletas mesmo… uma quantidade enorme que circulava pelas ruas e estradas, durante a semana, por volta das 5 e 6 horas da manhã, ao meio-dia e todo final de tarde era comum milhares (sem exagero!), milhares de pessoas pedalando bicicletas: eram as operárias dos armazéns de fumo, os homens e mulheres que trabalhavam na Agro, os estudantes do Ceat e de outras escolas públicas, os jovens que trabalhavam no comércio. Aliás, esse era o meio de transporte mais comum para todos: se precisasse ir à rua, ia-se de bicicleta.
Lembro-me até de uma matéria publicada no Jornal A Tarde que dizia de uma pesquisa apontando que, na época, havia a média de 2 bicicletas para cada residência de Cruz das Almas.
Famosas e aguardadas eram as corridas ciclísticas do aniversário da cidade e os passeios de bicicleta na primavera, promovidos anualmente por uma conhecida loja de departamentos que era a principal vendedora de bicicletas Monark e Caloi na cidade.
Lembro-me também que ao comprar uma bicicleta nova, a pessoa, de posse da nota fiscal, tinha de ir registrá-la na Delegacia (falava com o Tenente Romualdo), para que assim pudesse vir a recupera-la caso fosse roubada um dia; ou mesmo evitar de comprar uma usada que fosse, porventura, objeto de roubo. Bons tempos!!!