VEJA SÓ…
Hoje, conversando com uma amiga que em tempos idos e, por muitos anos, trabalhou como telefonista em Santo Antônio de Jesus e Cruz das Almas. Daquelas que trabalhavam em Postos Telefônicos, onde as pessoas iam para receber e fazer ligações, pois poucas eram as pessoas e, geralmente estas de famílias abastadas, dispunham do luxo de ter um aparelho de telefone em casa.
Ela contou-me que, lá por 1960, Santo Antônio de Jesus contava com apenas 22 assinantes de linha telefônica; já Cruz das Almas tinha 50 assinantes. Imagine aí…
Numa cidade de muitos estudantes universitários, da Escola de Agronomia, advindos de várias cidades distantes, os Postos Telefônicos eram importantíssimos e muito movimentados.
Naquela época também, em muitos municípios ou distritos, os Postos Telefônicos contavam com o serviço do “moleque de recados”. Funcionava assim: Fulano de Tal ligava para o Posto e falava com a telefonista, dizendo que queria falar com Beltrano que morava ali naquela localidade; daí então, a telefonista incumbia o “moleque” de dar o recado. Este saía em disparada e ia até o endereço de Beltrano e dava-lhe o aviso de que Fulano iria ligar em determinado horário. Beltrano então se dirigia até o Posto Telefônico no horário combinado para receber o tal telefonema.
Essa senhora trabalhou 30 anos e o seu sobrenome popular virou “Dona Fulana da Telebahia” empresa estatal que ela sente muito orgulho em ter feito parte do corpo laboral.